Cidade histórica e de muitas histórias, ela tem como obstáculo a falta de cuidado com seus equipamentos culturais
Jorge Farias/Folha de Pernambuco
Em uma de suas canções, Capiba (1904-1997) evidenciou o desejo de ter sua Olinda eterna, para que sempre vivesse em seu coração. Se o compositor fosse vivo hoje, provavelmente não aprovaria uma cidade cujos patrimônios culturais estivessem - assim como a promessa de eternidade - comprometidos. Nesta semana, entretanto, a cidade que estaria perigando perder o título de Patrimônio Cultural da Humanidade (de acordo com ofício encaminhado pelo Ministério Público de Contas de Pernambuco à Unesco, em abril) recebeu duas notícias que sinalizam mudanças positivas.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas destinou R$ 61,770 mi ao município, verba que beneficiará 14 dos 23 projetos inscritos pela cidade, como a restauração de igrejas e o Cine Duarte Coelho, praticamente em ruínas. Além disso, a Prefeitura de Olinda e a população do Sítio Histórico entraram em um consenso referente ao projeto de revitalização física e funcional do Mercado Eufrásio Barbosa, orçado em R$ 11 milhões.
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Como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador da obra, só liberaria a verba depois de aprovação popular, os moradores foram convocados para repensar, ao lado da Prefeitura, alguns pontos do projeto. O prazo, já prorrogado, foi até sexta passada. “O resultado foi positivo, é um projeto conciliatório”, explicou Cláudia Rodrigues, secretária executiva de Patrimônio e Cultura de Olinda. A Sodeca afirmou, via Facebook, que as reinvindicações feitas no ato “Ocupe Eufrásio”, em 10 de agosto, foram debatidas e aceitas pela Prefeitura. “O consenso partiu da análise de que o espaço poderia aglutinar tanto a função do mercado como a sua utilização de equipamento cultural (...)”, frisou.
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Casarão Hermann Lundgren - Funcionou dos anos 1980 até 2006 como Centro de Criatividade Musical de Olinda, no Carmo. Lá havia de aulas de teoria e prática musical. Hoje abandonado, funciona como "banheiro" e depósito de latinhas no Carnaval. Com o PAC, vai se transformar no Centro da Memória de Olinda.
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Elevador Panorâmico da Sé - Inaugurado em outubro de 2011, para facilitar o trajeto dos visitantes ao topo da Caixa D'água de Olinda, está quebrado há mais de cinco meses. Hoje, para acessar o mirante, é preciso subir uma escadaria de 123 degraus. Segundo a Prefeitura, uma peça muito específica do equipamento queimou e já foi aberto um edital. O prazo é até o fim deste ano.
Mercado Eufrásio Barbosa - O espaço passará por uma revitalização física e funcional, orçada em R$ 11 milhões. Desativado como mercado público desde 2006, o espaço tem hoje cerca de 60% da estrutura comprometida.FONTE Renato Contente, da Folha de Pernambuco
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